FILAMENTOS PARA IMPRESSORAS 3D PROVENIENTES DE TAMPAS DE GARRAFAS PET

Lucas B. Chagas, Werleson C. Nunes, Eduardo P. Bittencourt, Aryadne de J. Picoli, Rômulo Maziero

Resumo


A impressão 3D se popularizou muito nos últimos anos devido o surgimento de projetos livres e máquinas de baixo custo, que tornaram a tecnologia acessível a todos. Paralelamente, novos materiais, em geral filamentos termoplásticos, são inseridos no mercado para aplicação neste tipo de técnica, tornando cada vez mais necessário o desenvolvimento de estudos experimentais dos novos materiais. Por este motivo o presente estudo propôs a criação de uma forma de reuso de um material abundante e que está sendo descartado de forma irregular no meio ambiente. Para isto foi construída uma extrusora de filamentos que é responsável pela transformação das tampinhas de garrafas de poli(tereftalato de etileno) - PET em filamentos que serão utilizados em impressoras 3D. O projeto da extrusora buscou a utilização de materiais de fácil acesso e de valor acessível visando sempre a reutilização de materiais que seriam descartados na natureza como sobras de chapas de aço, motores antigos e componentes eletrônicos. Transformar tampinhas em filamentos traz em seu contexto características de reaproveitamento de materiais por meio de uma tecnologia simples e fundamentada, a extrusão de materiais. O processo de transformação consiste em aquecer o material a uma temperatura controlável, comprimi-lo e força-lo a passar por uma matriz de conformação (bico), obtendo assim um filamento extrudado que deve ser tracionado e resfriado para obter os parâmetros necessários para utilização em impressoras 3D, que darão diversas formas ao material reutilizado, como a impressão de artigos de decoração, protótipos ou próteses mecânicas entre outros objetos. Desde a ideia inicial de transformação do PET em filamentos até a impressão de objetos, o projeto se mostrou complexo e desafiador, onde diversos problemas surgiram e foram corrigidos, hoje o completo funcionamento da extrusora permite não somente a reutilização de materiais, mas também a possibilidade de estudos futuros para criação de filamentos compósitos.


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Referências


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